'Super smash bros. brawl' reúne os principais personagens da empresa japonesa.
Jogo de luta é perfeito para partidas em grupo, mas exagera nas batalhas 'de circo'.
O encanador Mario luta contra o ouriço e arqui-rival Sonic em uma arena construída em meio a corridas de "Mario Kart". O que pode parecer delírio de um fã é, na verdade, "apenas" a terceira edição da série "Smash bros.", que coloca os principais personagens da Nintendo (e convidados especiais) em um simpático jogo de luta há 9 anos.
Em "Smash bros. brawl" vale, mais que nunca, a festa. Todos os personagens se enfrentam, sem times "do bem" ou "do mal", e utilizam variados golpes para derrubar inimigos, vencer lutas, acumular pontos e descobrir cada segredo escondido no jogo: novos cenários, personagens e até músicas bônus.
É o jogo perfeito para reunir amigos e travar batalhas entre até quatro pessoas ao mesmo tempo. O único porém é que, para iniciantes, o excesso de itens brotando na tela e o zoom que pode distanciar demais a arena chegam a transformar em bagunça as primeiras lutas.
A Nintendo tem fama de atrair os fãs mais fervorosos do mundo dos games, e não é por acaso. "Super smash bros. brawl" prova que a produtora ouviu com cuidado os pedidos de jogadores desde que a segunda versão da série foi lançada, em 2001 para o GameCube.
Tudo que os "fiéis" consideravam sonho se tornou realidade: jogo on-line, mais itens especiais, um modo de jogo "aventura" e, principalmente, mais personagens.
Além dos "veteranos" Mario, Pikachu, Link, Donkey Kong e outros nove companheiros, a nova versão tem 12 personagens novos e mais 12 secretos, que aparecem conforme você vence torneios.
Entre os novatos estão Wario (o Mario "bizarro"), o Treinador Pokémon e os "rivais" da Nintendo: Sonic, da produtora Sega, e Solid Snake, da série "Metal gear", considerado um dos mascotes da Sony. Em vez de arranhar a personalidade do jogo, essa mistura só multiplica ainda mais os momentos marcantes.
O sistema de jogo continua essencialmente o mesmo: jogadores se enfrentam na arena, eliminando os adversários até se tornarem campeões de um torneio. No meio do caminho, muitos poderes especiais, armas secretas e itens "pipocando" pela tela.
Dessa vez, porém, "Smash bros." tem a opção "aventura", representada pela opção "Subspace emissary", que simula um roteiro que envolve o jogador em lutas com diversos personagens. Mas a história não convence - é só mais um opção de jogo para descobri mais segredos e detalhes.
E, como estamos falando de Wii, não é surpresa que o jogo também tenha controles novos. O uso do controle Remote, que reconhece movimentos, com o Nunchuck, permite lutas mais agitadas, mas pode não ser a escolha óbvia, já que o jogo aceita os joysticks do antepassado GameCube e o controle "clássico" relançado com o Wii.
Nas opções on-line é possível jogar contra amigos previamente selecionados pelo "friend code" (código de registro dos usuários), enviar replays de lutas, imagens e até cenários próprios criados com o programa de construção.
A preocupação com os detalhes, os mini-jogos, troféus para colecionar e segredos para descobrir transformam "Smash bros. brawl" em uma enciclopédia dos tesouros da Nintendo. Referências a clássicos da empresa, de "F-Zero" a "Metroid", estão por todas as partes - sorte de quem encontrar todas elas.
Quem pode mais...
Para ser considerado um jogo de luta "puro", "Smash bros. brawl" exige que o jogador modifique as opções e elimine itens especiais - como fazem os jogadores profissionais para ter um briga mais "justa". Como uma celebração dos heróis de diversos jogos, porém, "Brawl" garante a diversão e muitas surpresas.
Só poderia - e aqui fica um pedido de um não-fanático que sempre acompanhou esses mascotes - facilitar os primeiros passos para os novatos que estão começando a conhecer o Wii, a Nintendo e a série "Smash bros."